
Texto divulgado em 27/10/2025
Os Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF) englobam um grupo de alterações resultantes da exposição intrauterina ao álcool. Essas manifestações são heterogêneas e incluem anomalias físicas congênitas, atraso no crescimento e déficits neurocognitivos, de aprendizagem, de atenção e de habilidades sociais. O TEAF constitui um espectro que abrange várias condições, com fenótipos que vão de leves a graves. Atualmente são reconhecidos cinco transtornos, com efeitos físicos e neurológicos distintos, decorrentes da ação teratogênica do álcool no embrião/feto:
. Síndrome Alcoólica Fetal (SAF)
. Síndrome Alcoólica Fetal Parcial (SAFp)
. Transtorno Neurodesenvolvimental Relacionado ao Álcool (ARND)
. Defeitos Congênitos Relacionados ao Álcool (ARBD)
. Transtorno Neurocomportamental Associado à Exposição Pré-natal ao Álcool (ND-PAE)
Destas, a SAF representa o quadro mais grave e completo dentro do TEAF.
Há muito tempo se ouve falar sobre os efeitos nocivos do álcool na gravidez. No entanto, consumir álcool ainda é frequente em uma grande parcela das gestantes. A SPSP, em busca de uma compreensão maior sobre o tema, criou um grupo de estudos sobre Álcool e Gravidez (Núcleo de Estudos sobre Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal-TEAF).
Em 2010, foi lançado um manual com as principais conclusões. Entre elas, descobriu-se que 55% das mulheres gestantes ingeriam álcool, dentre as quais 6% eram classificadas como alcoolistas. O manual foi disponibilizado gratuitamente no site e diversas ações foram promovidas com o objetivo de divulgar os conhecimentos reunidos ao público em geral.
A capacitação de profissionais de saúde, no aconselhamento pré-natal e identificação da SAF/TEAF, a elaboração de políticas públicas e a realização de campanhas informativas e educacionais de toda a população são essenciais na promoção da conscientização sobre os riscos do álcool para o embrião e para o feto. Por meio delas, a incidência dessa condição, completamente prevenível, poderá ser diminuída.
Campanhas de prevenção que comecem antes mesmo da gestação poderão fazer a diferença na saúde das crianças, dos jovens e do futuro adulto. A SPSP acredita que a disseminação responsável de informação científica à sociedade é um dos principais passos para qualquer mudança, no entanto, também cabe a todo indivíduo compartilhar e colaborar para que os resultados alcançados se tornem práticas do dia a dia.

Apesar da gravidade, a TEAF é 100% evitável. A abstinência total do consumo de álcool durante a gestação é a medida mais eficaz de prevenção. Para isso, a atuação do médico e de toda a equipe de saúde é essencial na orientação pré-concepcional, no acompanhamento pré-natal, na educação em saúde materno-infantil e na comunicação pública sobre os danos do consumo de álcool na gravidez.
A infância deve ser protegida e temos a responsabilidade de o fazer por meio de informação, suporte e compromisso social com a saúde das gestantes e das futuras gerações.
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Documento Científico
Atualizações Científicas sobre a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF)
Núcleo de Estudos
Efeitos do Álcool na Gestante no Feto e no Recém-nascido (SAF)
Notícias
Você sabe o que é Síndrome Alcoólica Fetal (SAF)?
9 de setembro – Dia Mundial de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal
Apoio
SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria




