Dia Nacional da Família: honrando os laços que nos unem e nos formam

Dia Nacional da Família: honrando os laços que nos unem e nos formam

O Dia Nacional da Família é celebrado em 8 de dezembro, conforme instituído pelo Decreto nº 52.748 de 1963, de 24 de outubro de 1963.

As relações familiares, conforme suas características e qualidades, podem proteger ou vulnerabilizar os indivíduos, moldar os estilos de autoestima, habilidades sociais, vínculos e apego; influenciar a saúde mental, o desempenho escolar, a longevidade e servir como rede de apoio prática e emocional nas transições da vida.

A família é um dos principais contextos de socialização e apoio ao longo de toda a vida, embora suas funções mudem conforme os ciclos; sua influência pode permanecer significativa em termos de bem-estar e desenvolvimento emocional, cognitivo e social.

– Na primeira infância: nesta fase – dos 0 aos 6 anos – a família é a base de tudo. O apoio dos pais e o ambiente familiar positivo são essenciais para o crescimento saudável e para trazer segurança, afeto, linguagem, hábitos e limites. Deve favorecer vínculos seguros, autoconfiança, autoestima, curiosidade e autonomia. Nesse período, o cérebro precisa de muita estimulação para aprender e formar novas conexões e o resultado será ainda maior se for acompanhado de um elo afetivo.

– Na idade escolar (6-10 anos): época de ampliar seu mundo (escola, amigos) e, ao ter convivência familiar saudável, haverá redução da ansiedade e melhora das habilidades sociais. A família deve continuar sendo estruturante, continuar presente e atenta, fornecer apoio acadêmico e emocional, estabelecer limites claros e consistentes e incentivar a autonomia.

– Na adolescência: começa aos 10 anos (segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS) e aos 12 anos (de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA) e é etapa marcada por busca da identidade e de maior independência. É fundamental nesta fase mostrar modelos parentais coerentes na tomada de decisões, valores e limites, manter diálogo e comunicação abertos, dar apoio emocional e suporte (sem controle excessivo), fornecer apoio, orientação e compreensão durante essa fase desafiadora, transmitir valores e orientações sobre escolhas de vida, educação e carreira.

– Na fase de adulto jovem e vida adulta (19–35 anos): relações familiares equilibradas, padrões aprendidos e heranças emocionais devem estar introjetados, para que ocorra transição fácil para a independência, início da vida profissional e formação de sua própria família. Nesta época, mesmo que haja afastamento, a fonte de apoio emocional e social deve continuar a existir em todos os momentos: responsabilidades, sensos de pertencimento e conexão, além de laços familiares fortes, para que seus membros compartilhem experiências, conquistas e desafios.

Como fazer? Criando laços familiares mais fortes, reunir a família, dedicar tempo de qualidade, compartilhar histórias, todos procurarem se comunicar, criar novas tradições, estabelecer limites que sejam saudáveis, ensinar valores éticos.

Esta data oferece excelente espaço para enfrentar desafios e conflitos, superar obstáculos, manter comunicação aberta, apoio mútuo e perdoar. E para agradecer por todo o suporte, dedicação e ensinamentos que recebemos ao longo da vida.

 

Relatora:

Renata D Waksman
Vice-Presidente da SPSP
Coordenadora do Blog Pediatra Orienta da SPSP