Na idade escolar, as crianças passam muitas horas na escola e lá se alimentam da merenda escolar ou de lanches (de casa ou das cantinas).
Nem sempre a criança sabe escolher e, muitas vezes, os alimentos oferecidos não têm a qualidade necessária para seu crescimento e desenvolvimento.
Estudos mostram que as cantinas deveriam substituir refrigerantes por sucos, bebidas lácteas (achocolatados ou vitaminas de frutas) ou à base de extratos fermentados (soja ou leite) e trocar as frituras por salgados e doces assados. Deveriam também evitar a comercialização de balas, gomas de mascar e salgadinhos industrializados, além de vender chocolates em barras de menos de 30 gramas.
Alguns Estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, já têm legislação sobre o problema. Em São Paulo, um projeto de lei semelhante aguarda votação na Assembléia.
É importante estimular a existência de cantinas saudáveis, mas isto não é suficiente.
É preciso que o pediatra continue seu trabalho educativo e que a escola ensine o conceito de alimentação saudável, pois a obesidade é um problema de saúde pública em todas as classes sociais.
Relatora: Dra. Luiza Arthemia Suman Mascaretti
Presidente do Departamento de Saúde Escolar – gestão 2007-2009; Professora Assistente Doutora do Departamento de Pediatria da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.
Matéria publicada em Pediatra Informe-se – Boletim da SPSP Ano XXIII – No 137 – janeiro/fevereiro 2008
Assessoria de Imprensa – SPSP