A COMPREENSÃO DA DOR DO RECÉM-NASCIDO SOB A PERSPECTIVA MATERNA

Introdução: A mensuração da dor na faixa etária neonatal é um processo complexo e se faz através de parâmetros subjetivos, o que o torna ainda mais difícil. Mesmo que não conheçam os instrumentos criados para esse propósito, os pais podem ser capazes de perceber quando seus filhos estão com dor. Objetivo: avaliar como se dá a compreensão materna sobre a dor de seus filhos recém-nascidos e como esta afeta suas decisões acerca das escolhas referentes a saúde da sua prole.
Metodologia: após aprovação do comitê de ética, foram entrevistadas puérperas, em que o parto tenha ocorrido no máximo em até 48 horas, em uma maternidade terciária de uma cidade do interior de São Paulo. Após, os resultados foram tabulados e realizado análise estatística com significância de 5%.
Resultados e discussão: Foram entrevistadas 270 mães, tendo ocorrido partos vaginais em 68,5% das participantes, sendo que a idade gestacional variou entre 33 e 41 semanas e 39,3% eram primigestas. 91,5% das entrevistadas acreditavam que durante os primeiros dias de vida o seu filho é capaz de sentir dor, ou seja, não foi unanimidade, 69,3% não acreditavam que o tipo de parto poderia influenciar na maneira como os bebês sentem dor, 81,1% percebem que seu filho sente dor pelo choro e apenas pouco mais da metade (52,6%) pela expressão facial. Perguntadas se dentre alguns procedimentos, como vacina e banho, impediriam sua realização em seu filho por causar dor ou desconforto, 7,8% das mães responderam que sim.
Conclusão: Algumas mães ainda acreditam que os bebês não sentem dor, mas a maioria sabe reconhecer a dor em seus filhos principalmente pelo choro. Pelo receio de procedimentos, medidas não farmacológicas deveriam ser orientadas e incorporadas nas rotinas de prevenção das maternidades.