A EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO DA LESÃO RENAL AGUDA NA PEDIATRIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Introdução: A lesão renal aguda (LRA) é definida por prejuízo ou injúria agudos à função renal que se manifesta por alterações urinárias e distúrbios eletrolíticos com alta morbimortalidade por sua classificação mais recente, o Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO). Essa disfunção renal e sua progressão podem atingir níveis preocupantes que necessitem de suporte renal artificial (SRA), sendo esse, o tratamento mais efetivo para os níveis graves de insuficiência renal.
A LRA traz aos pacientes pediátricos um pior prognóstico já que sua instalação corrobora para um aumento do tempo de internação e permanência mais longa em unidades de terapia intensiva (UTI), além de maior necessidade de ventilação mecânica e tendência a evoluir com doença renal crônica (DRC).
Objetivo: Descrever os principais fatores de risco das crianças acometidas por Lesão Renal Aguda.
Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura disponível sobre o Lesão Renal Aguda na Pediatria nos bancos de pesquisa “Scielo” e “Google Scholar”. Os trabalhos escolhidos foram obtidos a partir dos descritores de “lesão renal aguda”, “IRA”, “pediatria” e “nefrologia pediátrica”.
Resultados e Conclusão: Os estudos analisados reforçam a relação encontrada na literatura entre a ventilação mecânica e a piora do prognóstico do paciente, alguns autores têm uma explicação hipotética de que a ventilação invasiva por si só aumenta o risco a vasoconstrição renal seletiva devido a estimulação simpática levando a predisposição de uma LRA. Outros fatores de risco para mortalidade seria a duração da internação, hipoalbulinemia, uso de inotrópicos, choque e necessidade de hemodiálise mesmo que estudos os apontem como independentes, a associação desses fatores com casos de maior gravidade e técnicas de suporte invasivas tem maior associação com o desenvolvimento de LRA.