Introdução: A asfixia perinatal (AP) acomete 0,2 a 1,0% dos neonatos, ocasionando, aproximadamente, 4 milhões de óbitos. A hipóxia progride para hipercapnia e acidose metabólica, danosas principalmente ao fígado.
Objetivo: Revisar estudos que correlacionam o escore Apgar com disfunção hepática e mortalidade perinatal.
Método: Realizou-se uma busca na plataforma PubMed com os descritores: bilirrubin apgar, newborns. Os critérios de inclusão dos estudos foram: estudos com menos de 10 anos, em inglês, que retratam estudos caso-controle parametrizados pela escala de Apgar para classificação de hipóxia. De 15 resultados, 03 cumpriram os requisitos.
Resultados: Os estudos classificam os graus de asfixia com a escala de Apgar: severa (8804, 03), moderada (4-5) e leve (6-7). Testes laboratoriais de função hepática foram realizados nos dias D1, D3 e D10 pós-natal. No estudo de Sharma et. (2011) Al, houve aumento de ALT e bilirrubina total (BT) entre o grupo AP e controle no D1. Também houve aumento significativo de LDH entre neonatos com hipóxia versus controle principalmente no D3. Contrariamente, houve redução na proteína sérica total (PST) no grupo AP no D1 e D3. Choudary et. al (2015) encontraram aumento de ALT, AST, BT no D1 e de LDH no D3. Evidenciaram redução na PST no D3. Elsadek et al. (2021) estabeleceram aumento de ALT e AST no grupo AP no D1, sendo proporcionais ao grau de hipóxia do indivíduo. No D3, o LDH foi o melhor parâmetro para essa diferenciação. A PTS também estava reduzida no grupo com asfixia perinatal. A taxa de mortalidade foi de 05, 14 e 12,5%, respectivamente, no grupo AP. A hipoproteinemia, e Tempo de Protrombina e INR elevados indicaram quadros de mau prognóstico.
Conclusão: Possíveis marcadores enzimáticos e metabólicos hepáticos foram indicados pelos estudos para serem utilizados como critério de detecção e prognóstico de doença hipóxico-isquêmica.