Introdução
Em 1968 o sarampo passou a ser uma doença de notificação compulsória nacional, sendo uma das principais causas de morbimortalidade na infância. As vacinas tríplice e tetra viral somadas às diversas campanhas proporcionaram que em 2016 o Brasil ganhasse o certificado de eliminação do vírus no país. Contudo, com a queda da cobertura vacinal, em 2019 esse certificado foi perdido, voltando a batalha contra a circulação e infecção desse vírus.
Objetivo
O trabalho visa correlacionar a cobertura vacinal contra sarampo com as taxas de mortalidade infantil pela doença.
Método
Consiste em um estudo epidemiológico descritivo que analisa os dados obtidos na plataforma do Sistema de Informação do Ministério da Saúde (DATASUS) de 2000 a 2022 sobre cobertura vacinal da tríplice viral, casos confirmados de sarampo e óbitos pela doença na faixa etária de menores de 1 ano a 15 anos.
Resultados
Com base nos dados do DATASUS, percebemos que de 2000 a 2003 a cobertura vacinal é crescente, se mantendo acima de 100% até 2014. A partir deste ano a cobertura começa a decair, atingindo uma cobertura de somente 74,9% da primeira dose da tríplice viral e 6,27% da tetra viral em 2021. Em contrapartida, os casos de sarampo começam a aumentar, triplicando de 2018 para 2019, sendo que 35,8% dos casos confirmados em 2019 foram na faixa etária de menores de 1 ano até 15 anos. Além disso, os óbitos também aumentaram, atingindo 20 óbitos totais por sarampo em 2019, sendo que 60% desses ocorrem na faixa de menores de um ano até 15 anos.
Conclusão
Logo, com base nos dados obtidos do DATASUS é evidente o impacto da vacinação na erradicação das doenças e principalmente na prevenção de agravos, principalmente no sarampo que é uma doença que acomete mais a faixa etária pediátrica.
Referências Bibliográficas:
1- Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS.
2- DOMINGUES, Carla Magda Allan S. et al . A evolução do sarampo no Brasil e a situação atual. Inf. Epidemiol. Sus, Brasília , v. 6, n. 1, p. 7-19, mar. 1997 .
3- LAURENTI, R.. Causas de mortalidade infantil e em crianças de um a quatro anos em São Paulo: resultados provisórios referentes ao primeiro ano da ´Investigação Interamericana de Mortalidade na Infância´. Revista de Saúde Pública, v. 4, n. 1, p. 101104, jun. 1970.