Introdução: o Brasil é o segundo país do mundo no qual crianças se submetem a procedimentos estéticos, tendo uma grande quantidade de linhas de cosméticos infantis. Evidencia-se a relevância do tema em virtude da escassez de estudos relacionados com a estética na infância. Ademais, é preocupante a promoção da autoimagem padronizada gerando consequências à saúde física e mental da criança ou do adolescente.
Objetivo: analisar como a imposição de padrões de beleza afeta a autoimagem de uma criança na busca por procedimentos estéticos.
Metodologia: foi formulada a seguinte pergunta PICO Como a autoimagem do paciente infantil contribui para sua submissão a procedimentos estéticos e afeta sua saúde?. A partir disso, buscou-se em três bases de dados (Lilacs, PubMed e Scielo),com os descritores body image and children, obtendo no total 474 artigos. Foram excluídos artigos com mais de 10 anos, após a seleção por título, foram selecionados 48 artigos. Por fim, com a leitura dos resumos restaram 6 artigos e com a leitura integral apenas 3 responderam à questão. Foi considerada a definição de criança do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Resultados: os dados obtidos de todos os artigos lidos apontaram para as redes sociais como um dos principais influenciadores de comportamento, guiando a população analisada a procedimentos estéticos para melhorar a aceitação. Entretanto, notou-se uma influência familiar desde a primeira infância, principalmente sobre um comportamento mais vaidoso das meninas, tornando-as mais suscetíveis às pressões estéticas. Outro problema, são crianças submetidas a procedimentos inseguros, principalmente em classes sociais mais baixas.
Conclusão: percebe-se que procedimentos como alisamento de cabelo, depilação, dietas inadequadas, exercícios em excesso, uso de salto alto e muitos outros, geram danos à saúde física e mental dos pacientes pediátricos por promover patologias e distúrbios alimentares precocemente. Esses fatores são consequências da busca de autoimagem padronizada promovida socialmente.