A INFLUÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL

Introdução: Os índices de obesidade infantil vêm crescendo nas últimas duas décadas e há diversas hipóteses sobre as causas dessa doença que impacta a saúde pública. Associa-se a obesidade em crianças a diversos fatores, sendo o aleitamento materno (AM) responsável por muitos estudos em relação ao seu desenvolvimento.
Objetivo: Relacionar o aleitamento materno e o desenvolvimento de obesidade em crianças.
Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica nas bases de dados Scielo e Lilacs. Foi pesquisado “amamentação e obesidade” e encontrado artigos entre os anos de 2006 a 2021, na língua portuguesa e inglesa.
Resultados: A obesidade é uma doença multifatorial, e as evidências associam o aleitamento materno e o desenvolvimento dessa condição nas crianças. Os mecanismos de proteção do AM ainda não são totalmente elucidados, mas os estudos expõem a importância dos componentes do leite materno (principalmente os hormônios, adiponectina e fator de crescimento semelhante à insulina I) para a modulação do apetite e da distribuição de gordura corporal infantil, por estimular a homeostase metabólica. As crianças nunca amamentadas apresentam um risco de obesidade duas vezes maior que outras, principalmente tendo início na idade escolar. Também, estudos associaram o prolongamento do AM a menores chances de desenvolvimento dessa doença e a redução do IMC na infância. Ainda que essa relação tenha se mostrado favorável para o desenvolvimento infantil, alguns artigos não puderam afirmar o tempo ideal de AM para a redução da obesidade, já outros, consideraram o período de seis meses eficaz para o menor risco dessa patologia.
Conclusão: Assim, considera-se a relação benéfica entre o AM para a redução do desenvolvimento precoce da obesidade. Ainda que não tenha um período de amamentação ideal elucidado, acredita-se que o AM deve ser incentivado pelas políticas públicas de saúde, por ser um fator de proteção ao desenvolvimento da obesidade nas crianças.