ACESSOS VASCULARES NAS EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS

Introdução: O acesso vascular, no âmbito dos cuidados emergenciais pediátricos, representa um procedimento de inestimável relevância, permitindo à equipe de saúde administrar fluidos e medicamentos essenciais, assegurando a sobrevivência do paciente e viabilizando a coleta de exames. Diante dessas circunstâncias, evidencia-se a necessidade de abordar a busca por uma via de acesso mais eficiente e segura. Objetivo: O estudo visa caracterizar acessos vasculares na população infantil em emergências. Metodologia: Realizou-se uma revisão bibliográfica de cunho descritivo e exploratório por meio das bases de dados Google Acadêmico, LILACS e SCIELO. Os critérios de inclusão abrangeram artigos em português ou inglês, publicados no período de 2010 a 2023. Discussão: A obtenção de acesso vascular na emergência pediátrica se depara com inúmeros desafios, incluindo a ansiedade da equipe diante de situações emergenciais, frequentemente não especializada em cuidados pediátricos. O cenário envolve, comumente, pacientes hipovolêmicos, pouco colaborativos, chorosos e pais igualmente preocupados, por vezes, desesperados. Em situações críticas como parada cardiorrespiratória, cada minuto de atraso na punção vascular e administração de epinefrina impacta significativamente a sobrevida. Os locais preferenciais para acesso, em ordem decrescente, incluem punção periférica (até duas tentativas), punção intraóssea, punção de veia profunda, punção cervical e dissecção venosa. Destaca-se que o acesso intraósseo é indicado como primeira tentativa na falha do acesso venoso periférico, podendo ser realizado por médicos e enfermeiros treinados. Em comparação aos sítios de punção venosa central e periférica, o acesso intraósseo apresenta vantagens, considerando a possibilidade de inviabilidade ou demora na obtenção de acesso venoso na emergência. Conclusão: Conclui-se, portanto, que a via endovenosa (EV) se configura como preferencial para a administração de medicamentos em emergências pediátricas. Contudo, em circunstâncias de retardo no acesso vascular, a escolha pela via intraóssea revela-se mais indicada do que múltiplas tentativas vasculares.