AFOGAMENTOS EM ADOLESCENTES NO ESTADO DE PERNAMBUCO: ANÁLISE TEMPORAL ENTRE 2012 E 2021

Introdução: o afogamento frequentemente está relacionado a atividades de lazer que podem se converter em fatalidades. No que tange aos adolescentes, a excessiva autoconfiança e pequenos descuidos confluem na constituição de ambientes arriscados, especialmente em meios aquáticos. O reconhecimento da gravidade e magnitude dos afogamentos entre os mesmos expõem esse agravo como importante alvo da atenção dos profissionais de saúde para estabelecimento de medidas preventivas e avaliação de riscos. Objetivo: realizar análise temporal das mortes por afogamento em adolescentes no estado de Pernambuco entre os anos de 2012 e 2021. Método: trata-se de um estudo ecológico com dados do no Sistema de Informação sobre Mortalidade utilizando o software R versão 4.2.1. A análise do perfil epidemiológico foi realizada para os grupos de 10 a 14 anos e de 15 a 19 anos. Resultados: no período estudado, foram registrados 391 afogamentos em adolescentes, dos quais 147 (37,6%) ocorreram em indivíduos entre 10 e 14 anos e 244 (62,4%) entre 15 e 19 anos. O ano de 2012 apresentou o maior número de afogamentos em adolescentes (16,6%), assim como as maiores taxas de ambos os grupos etários no período analisado (4,1 por 100 mil). Observa-se padrão decrescente de ocorrência no período estudado, sendo 2021 o ano com menor número de casos (6,9%), com taxa de mortalidade equivalente a 2,0 óbito por 100 mil adolescentes e isso foi estatisticamente significante. Conclusão: os adolescentes representam importantes vítimas de afogamentos em Pernambuco, embora mantenha-se predomínio de um padrão decrescente de ocorrência entre os anos de 2012 e 2021, com destaque para o ano de 2012.