INTRODUÇÃO: O coronavírus 2 (SARS-CoV-2) pode levar a quadros graves, com manifestações respiratórias, gastrointestinais, falência de múltiplos órgãos e morte. A vacinação já é realizada, mas ainda excluem-se os recém-nascidos (RN). Diante disso, estudos foram desenvolvidos para demonstrar a importância do aleitamento como forma de proteção em RN para diminuição da incidência desta infecção, uma vez que encontram-se anticorpos no leite materno.
OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo determinar se as imunoglobulinas específicas do SARS-CoV-2 são encontradas no leite humano após a infecção ou a vacinação maternas contra a COVID-19.
MÉTODO: Foi realizada busca manual nas bases de dados -Biblioteca Virtual de Saúde e PubMed, usando os descritores secretory immunoglobulin A, breast feeding e COVID. 14 estudos foram encontrados e com os critérios de inclusão: últimos 5 anos e texto completo, e critérios de exclusão: fuga do tema e artigos duplicados, 10 estudos foram foram incluídos.
RESULTADOS: Além dos vários benefícios do aleitamento materno, há também a proteção contra infecções em RN, devido à presença de anticorpos. Os anticorpos do SARS-CoV-2 podem permanecer no leite humano até 10 meses após o início dos sintomas da COVID na mãe e diminuem gradativamente ao longo do tempo. No caso da doença, a gravidade e o intervalo entre início dos sintomas e o aleitamento interferem, havendo maior nível de anticorpo quanto mais próximo da infecção.
Não está definido o tempo de permanência destes anticorpos no leite materno. Os anticorpos se ligam à gordura do leite materno, assim a porcentagem variável de gordura leva à variação dos níveis de anticorpos ao longo da lactação.
CONCLUSÃO: Assim, conclui-se que a amamentação permite uma proteção aos RN, que ainda não podem receber imunização, fornecendo anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2 levando à proteção, embora não esteja determinado por quanto tempo eles permaneçam no leite materno.