ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DE BCG NO BRASIL NO PERÍODO DA PANDEMIA DA COVID-19

INTRODUÇÃO: A vacina BCG, apesar de não prevenir todas as formas de tuberculose pulmonar, previne as formas mais graves de infecção pelo M. tuberculosis, como é o caso da meningite tuberculosa e a tuberculose miliar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em países onde a tuberculose é frequente, e a BCG integra o Programa de Vacinação Infantil, previna-se mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa. Dada a relevância para a saúde pública da prevenção das formas graves de tuberculose, a cobertura vacinal para crianças de 0-4 anos faz-se de extrema importância no âmbito nacional. OBJETIVO: Compreender os potenciais impactos da pandemia da Covid-19 na administração e aceitação da vacina BCG, analisando as possíveis variações na cobertura vacinal ao longo desse período desafiador. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, através de análise de série temporal, referente a cobertura vacinal de BCG no Brasil no período de 2018 a 2023, com dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização- SIPNI, hospedado no DATASUS/TABNET. Os dados extraídos foram tabulados em planilha do Microsoft Excell 9441, e realizada as análises e cálculos de porcentagem simples. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em 2018 a cobertura vacinal brasileira de BCG era de aproximadamente 99,72%, passando para 86,67% em 2019 e tendo uma queda expressiva no ano de 2020, concomitante com o advindo da pandemia de COVID-19 no Brasil, com 77,14% de cobertura vacinal, representando uma queda de 22,6% em comparação com o ano de 2018. As taxas de cobertura nos anos de 2021-2023 se mantiveram baixas, sendo respectivamente: 74,97%, 90,06%, 64,26%. CONCLUSÃO: A análise da cobertura vacinal de BCG durante a pandemia da COVID-19 no Brasil destaca a necessidade de adaptação contínua de políticas de saúde pública para garantir a manutenção eficaz da imunização infantil.