INTRODUÇÃO: Em 2014 o Brasil saiu do mapa da fome, contudo, a desnutrição infantil (DI) nunca deixou de ser um problema, atingindo recorde de mortes em 2022. A desnutrição ocorre devido à falta de nutrientes essenciais no organismo, pode ser originada por eventos socioeconômicos ou doenças prévias. OBJETIVOS: Descrever as taxas de DI nas regiões do Brasil. METODOLOGIA: Refere-se a um estudo epidemiológico de caráter descritivo, sendo analisado a partir de coleta de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN), disponível na plataforma do DATASUS, em dezembro de 2023. Foram coletados dados referentes a DI no período de 2014-2022, entre as faixas etárias de 0 a 19 anos, analisando as variáveis de sexo, regiões do Brasil e cor/raça, sendo excluídas as categorias ignorado e em branco de todas as variáveis. Utilizou-se de estatística descritiva em tabulações no Microsoft Excel. RESULTADOS: O Brasil registrou 33.426 casos de DI, sendo 10.177 (31%) na região Sudeste, 9.762 (29%) na Nordeste, 5.469 (16%) na Sul, 4.538 (14%) na Norte e 3.480 (10%) na Centro-oeste. O ano de 2022 apresentou a maior quantidade de casos (4.286), e 2020 a menor (3.172). Em relação ao sexo, prevaleceu o masculino com 16.746 (50,10%). A faixa etária menor de 1 ano deteve os maiores números com 16.183 (48%) e a dos 10 a 14 anos os menores com 2.645 (8%). Com respeito às raças, observou-se predominância da parda com 19.136 (57%). CONCLUSÕES: Diante do exposto, fica evidente que a DI está em um novo episódio de crescimento no Brasil. A grave crise econômica, a pandemia e o aumento da insegurança alimentar, podem ter influenciado na piora do quadro de hospitalizações associadas à essa condição. Se torna necessário fortalecer políticas públicas para a prevenção da DI, desta forma será possível a diminuição dos casos no país.