Introdução: Define-se comunicação de más notícias como qualquer informação transmitida ao paciente ou a seus familiares que implique, direta ou indiretamente, alguma alteração negativa na vida destes. Apesar de ser parte essencial na formação e na atuação de profissionais de saúde, diversos paradigmas e obstáculos opõe-se à correta execução dos protocolos existentes para a correta prática clínica da comunicação de más notícias. Relatos de falha na execução desta prática são evidenciados nos discursos dos profissionais de saúde e dos pacientes: enquanto profissionais comumente referem extremo desconforto e estresse ao comunicar más notícias, usuários do sistema de saúde costumam queixar-se de não compreender o vocabulário usado pelos médicos ou não contar com o amparo por parte da equipe de saúde frente à situação em questão. Objetivos: Tendo em vista este contexto, o presente estudo propôs-se a avaliar a postura dos médicos pediatras que atuam na rede pública de saúde de São Carlos (SP) ao comunicar más notícias, a competência dos mesmos para executá-las, o perfil de formação e capacitação dos profissionais médicos no que se refere à comunicação de más notícias e o domínio sobre os protocolos validados para tal. Método: Após análise dos comitês de ética, iniciou-se a aplicação de questionário aos médicos pediatras que atuam no sistema público de saúde da cidade. Resultados: até o presente momento, o estudo vem demonstrando diversas falhas e dificuldades na comunicação entre pediatras e pacientes/responsáveis. Conclusão: Conclui-se que existe dificuldades na comunicação de más notícias em pediatria, sendo que medidas de ensino e atualização na área devem ser aprimoradas.