ANÁLISE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÕES DOS CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ENTRE DEZEMBRO DE 2022 E NOVEMBRO DE 2023

INTRODUÇÃO A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível tratável que pode ser transmitida verticalmente, sendo necessário o acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais por meio do pré-natal para tratamento da infecção e prevenção da forma congênita. OBJETIVO Análise estatística dos casos de sífilis congênita. MÉTODO Foi realizado um estudo retrospectivo quantitativo em um hospital público do Estado de São Paulo por meio de 160 fichas de notificação fornecidas pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação, no período de dezembro de 2022 e novembro de 2023. Excluíram-se 4 fichas por preenchimento inadequado. Para análise estatística, utilizaram-se as variáveis maternas de idade, procedência, realização de pré-natal, teste não treponêmico no parto e tratamento, além das variáveis do RN: VDRL, alterações liquóricas e diagnóstico clínico. RESULTADOS A idade média materna foi de 24 anos (mínima 15 e máxima 41), 75,63% delas realizaram pré-natal, 87% eram procedentes do local de estudo, 8% de cidades vizinhas e as demais ignoradas. Em relação ao tratamento materno 50,63% foram adequados durante o pré-natal, 31,25% foram inadequados, 7,50% não receberam tratamento e 10,62% foram ignorados. Do total de RN, 44,38% foram considerados expostos à sífilis. Ademais, 2,5% foram sintomáticos e 15,63% apresentaram alterações laboratoriais no líquor compatíveis com neurossífilis. Cerca de 51,25% dos RN receberam tratamento, sendo 38,75% com Penicilina Cristalina, 10,62% com Penicilina Procaína e 1,88% com Penicilina Benzatina, enquanto os demais tiveram esse dado ignorado na ficha de notificação. CONCLUSÃO A persistência da Sífilis em nosso meio continua sendo um grande desafio para a saúde pública. Um pré-natal adequado que possibilite o diagnóstico precoce da doença e o seu devido tratamento segue como a principal estratégia para a sua erradicação.