ANÁLISE DE DADOS DA COBERTURA VACINAL DE ROTAVÍRUS NA CAPITAL DE SÃO PAULO

Introdução: A vacina rotavírus protege contra infecções gastrointestinais causadas pelo rotavírus, uma das principais causas de diarreia grave entre crianças menores de 5 anos. O vírus causa cerca de 200 mil óbitos por ano, motivo pelo qual reforça-se a importância da vacinação contra o agente. Objetivo: Descrever dados da cobertura vacinal de Rotavírus na Capital de São Paulo. Método: Estudo ecológico, de série temporal, realizado através do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/DATASUS), dos anos de 2018 a 2022. A variável de interesse e inclusão foi ‘Cobertura Vacinal´ e foram excluídas as ‘Doses Cálculos CV´. Dispensa-se a apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa por serem dados públicos, sem identificação dos participantes. Resultados: Foi identificado que no ano de 2018 houve a maior cobertura vacinal de rotavírus para os anos incluídos na pesquisa, com a taxa de 90,48%. Porém, nos anos que se seguiram, esse valor decaiu gradualmente, sendo que, no ano de 2019 houve cobertura de 84,94% e em 2020, 74,07%. Apenas nos anos de 2021 e 2022, que tiveram coberturas vacinais de 66,69% e 67,38%, respectivamente, nota-se um aumento mínimo no último ano. Calculando-se o total da cobertura vacinal de rotavírus nesses cinco anos supracitados, obtivemos a taxa de 77,07%, o que demonstra que a vacinação ainda não atingiu a meta de 90%, instituída pelo Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Conclusão: Considera-se que a cobertura vacinal provavelmente tenha tido essa diminuição devido a pandemia de COVID-19 e o período pós-pandêmico, além de subnotificações e movimentos antivacinas, que reforçam uma falsa percepção por parte da população de que não é preciso vacinar. Segundo pesquisas, locais com maior cobertura vacinal têm menor impacto do patógeno, daí a importância de se investir em estratégias que melhorem os índices de adesão vacinal, como em campanhas e educação em saúde.