ANÁLISE ESPACIAL DE LEUCEMIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ESTADO DE SÃO PAULO

Introdução: A leucemia é o tumor mais comum na infância, de etiologia desconhecida, possivelmente relacionada a fatores genéticos e ambientais. Objetivo: identificar padrões espaciais de casos de leucemia em crianças e adolescentes com até 14 anos de idade no Estado de São Paulo, entre 2013 e 2022. Métodos: Foi realizado estudo ecológico com dados obtidos da FOSP de casos de leucemia nos municípios do Estado de São Paulo entre 2013 e 2022. Dados de população dos municípios foram coletados do IBGE, dos médicos e do PIB per capita da SEADE. A análise espacial utilizou o programa TerraView 4.2.2 e GeoDa, foram estimados os Índices de Moran univariado (IM) para estas variáveis e o Moran bivariado tendo como variável dependente a taxa de leucemia, construídos mapas temáticos com as taxas, por 10 mil habitantes, de leucemia e de densidade de Kernel. Resultados: identificados 2305 casos (0,57/10 mil habitantes ±0,95). O sexo masculino foi mais acometido (55,74%) e faixa de 1 a 4 anos foi mais acometida (40,69%), seguida de 5 a 9 anos (29,24%). Os IM foram 0.019 (p = 0.181), 0,141 (p<0,01) e 0,134 (p<0,01) para as taxas de casos, de médicos e PIB. Houve correlação positiva e significativa entre PIB e Médicos com as taxas de leucemia. Mapas temáticos (não mostrados) evidenciaram municípios com taxas maiores na região do Vale do Paraíba, no noroeste do Estado e na região de Botucatu e Sorocaba, seguindo as grandes Rodovias. Mapa de Kernel (não mostrado) mostrou uma maior densidade na região noroeste do Estado. Conclusão: Foi possível identificar municípios com maiores taxas de leucemia e sua correlação com PIB e taxas de médicos, talvez por melhores condições de diagnósticos. Há que se continuar o estudo analisando possíveis fatores ambientais.