INTRODUÇÃO: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) facilmente evitável e tratável, a qual é causada pelo T. pallidum. Já a sífilis congênita (SC) é a infecção do feto quando a IST é transmitida verticalmente durante o período gestacional. Sua presença é antiga no mundo e, atualmente, observa-se um aumento generalizado e significativo de casos, entre a população adulta e em bebês, sendo que sem diagnóstico e tratamento adequados, os fetos infectados podem apresentar formas graves da doença, um problema de saúde pública. OBJETIVO: identificar padrões espaciais na distribuição de casos de SC nos municípios do estado de São Paulo. MÉTODOS: Trata-se de estudo ecológico e exploratório com as ferramentas da análise espacial com informações sobre casos de SC nos 649 municípios do estado de São Paulo entre 2015 e 2019, obtidos do DATASUS e inseridos na malha municipal. Foram estimadas as taxas de incidência (TX) de casos de sífilis congênita e de sífilis na gestação (SG) por 1000 nascidos vivos (NV) no período, os índices de Moran global (IM) que permitem identificar municípios autocorrelacionados espacialmente (clusters) e construídos mapas temáticos. Sendo informações públicas não houve submissão ao CEP, adotado alfa = 5%. RESULTADOS: Foram identificados 3.036.561 NV, com 18.670 casos de SC (TX=6,2/1000NV) e 48.419 casos de SG (TX=16,1/1000NV). O IM = 0.038 (p-valor = 0.046) para os casos de SC e IM = 0,177 (p-valor = 0,001) indicam presença clusters. Os mapas temáticos (não mostrados) identificam maiores taxas de SC e o Box-Map identificou 114 municípios localizados na Grande São Paulo, regiões central, norte e noroeste do estado onde uma intervenção pelos gestores municipais e regionais se faz necessária para mitigar as elevadas taxas de SC. CONCLUSÃO: foi possível identificar municípios com alta prioridade de intervenção quanto aos casos de SC