ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RECÉM-NASCIDOS COM ANOMALIAS CONGÊNITAS NO ESTADO DE SÃO PAULO ENTRE 2017 E 2021

Introdução: As anomalias congênitas são alterações estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina podendo ser detectada antes, durante ou após o nascimento com alto índice de morbidade, e representam uma das principais causas de mortalidade infantil. Objetivo: Descrever as características relativas à gestação dos recém-nascidos com anomalias congênitas no Estado de São Paulo, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, ecológico de série temporal com abordagem quantitativa, com propósito de analisar as características relativas à gestação dos recém-nascidos com anomalias congênitas no Estado de São Paulo entre 2017 e 2021. A coleta de dados foi realizada no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde. As variáveis analisadas foram: duração da gestação, etnia e tipo de gestação. Resultados: Durante o período analisado, com base nas variáveis, foram notificados 2.878.689 nascidos vivos no estado de São Paulo, com a prevalência de 163,8 casos a cada 1.000 nascidos vivos. Totalizaram-se 159.441 recém-nascidos com anomalias congênitas. Foram documentados 158.091 casos relacionados à duração da gestação. Recém-nascidos de 37-41 semanas lideraram: 69% (109.400), seguido por recém-nascidos de 32-36 semanas com 26% (35.658). Em relação à raça/cor, foram documentados 154.452, prevalecendo a população parda com 53% (82.088), seguido da população branca com 38% (58.493). Quanto ao tipo de gravidez, totalizaram 159.191 documentados, sendo 97% (154.223) gestação única, seguido por gestação dupla, 3% (4814). Conclusão: As anomalias congênitas representam uma fonte significativa de morbimortalidade durante o período neonatal, sendo essencial a identificação precoce para o efetivo planejamento e apropriada alocação de recursos nos serviços de saúde especializados. A realização de novos estudos é imperativa, visando maior compreensão do perfil das anomalias congênitas em recém-nascidos, com objetivo de aprimorar a qualidade da assistência, incluindo a implementação de instrumentos direcionados à redução da incidência.