INTRODUÇÃO
A asma é a doença crônica mais comum na infância. Embora apresente baixa letalidade, associa-se a diversos fatores ambientais e elevado custo socioeconômico, sendo uma questão de saúde pública importante. O manejo da asma assume função de controle sintomático, melhora da qualidade de vida, crescimento adequado e diminuição das hospitalizações. Para verificar a eficácia do controle asmático, é imprescindível compreender as notificações da doença nas regiões do Brasil.
OBJETIVOS
Descrever o perfil sociodemográfico das internações por asma na população pediátrica no Brasil.
METODOLOGIA
Estudo ecológico, retrospectivo, quantitativo, com dados extraídos pelo Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/DATASUS) por regiões do Brasil entre 2018 a 2023. Os participantes foram indivíduos menores de 1 ano até 19 anos internados por asma. As variáveis foram: internações, sexo, faixa etária e óbitos. Para isso, utilizou-se análise descritiva por meio do Microsoft Excel.
RESULTADOS
No período estudado, registrou-se 317.103 internações por asma no país. O Nordeste foi responsável pela maior proporção, contabilizando 4,09 internações por 10.000 habitantes (23.241 casos) em 2018, enquanto a região Sul apresentou a menor, 1,18 por 10.000 habitantes (3.563) em 2020. O sexo masculino foi mais prevalente com 176.212 casos (53,6%). A faixa etária dos 1 aos 4 anos, com 140.432 internamentos (44,2%), foi a mais acometida, apresentando também o maior número de óbitos (34,9%). Quanto aos óbitos, o Sudeste se destacou, com 85 óbitos (41,2%).
CONCLUSÃO
A análise permite inferir que ainda não houve estabilização das internações por asma no país, o que relaciona-se com a necessidade de reavaliar tratamentos propostos e a aderência dos pacientes. Com isso vem também a urgência de políticas públicas para conscientização social. A asma é uma doença complexa e demanda união de profissionais da saúde, familiares e pacientes para o controle efetivo, e, consequentemente, diminuição das internações e óbitos.