O vírus dengue é um arbovírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. No Brasil, a doença é um dos principais problemas de saúde pública e apresenta um preocupante crescimento, levando a quadros potencialmente fatais, atingindo também a população pediátrica, a qual acaba por ser subdiagnosticada, visto que se trata de uma síndrome febril, inespecífica, identificada tardiamente. Portanto, é de extrema importância sua análise para mitigar as consequências. Este trabalho tem o objetivo de observar comportamento da endemia da Dengue na região do Vale do Paraíba, incidência e gravidade e avaliação dos desfechos no público infanto-juvenil e se trata de um estudo retrospectivo de natureza epidemiológica, realizado a partir da coleta de dados DATASUS. Foram analisados casos do período de 2014 a 2023, na Região do Vale do Paraíba e região Serrana, na faixa etária de 0 à 14 anos, sendo avaliado o tipo sorológico, ano e mês dos primeiros sintomas, município de residência e evolução. Dessa forma, o resultado se deu a partir da avaliação de 10.018 casos, sendo que a maioria evoluiu para cura. A maior incidência ocorreu em outono, seguida do verão e por fim primavera e inverno, os quais os últimos somam menos de 10 por cento dos casos. O ano de maior acometimento foi de 2015, seguido de uma variação, com decréscimo de 2016 para 2017, com aumento de mais 5 vezes em 2019, fechando 2023 com alta de 1167 casos. Quanto às cidades analisadas, teve destaque, em números absolutos, São José dos Campos. Com uma análise proporcional de casos em 2023, por habitantes, Pindamonhangaba liderou, seguida de Tremembé. A partir do exposto, conclui-se que a análise epidemiológica da dengue em crianças é imprescindível para o conhecimento do curso e seu comportamento, possibilitando maior conscientização sobre a disseminação e cuidados da doença a fim de mitigar as consequências.