Introdução:
A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação em decorrência da deficiência de insulina no corpo, levando à hiperglicemia e aumento da produção de corpos cetônicos. Está relacionada principalmente com a Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), sendo a causa mais comum de hospitalização e morte em crianças diabéticas.
Descrição do caso:
Paciente, 12 anos, sexo feminino, portadora de DM1, admitida na emergência com quadro de vômitos há dois dias após ingestão de leite com chocolate, que evoluiu com dispneia súbita. Após colhida história, identificou-se que a paciente fazia uso contínuo de insulina regular e glargina, porém as drogas foram suspensas pela responsável há 3 dias do início dos sintomas. Adolescente foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), apresentando-se hipoativa, hipocorada, desidratada e, na inspeção da genitália, observou-se a presença de abscesso em região perianal. Foi colhida gasometria, que apresentou pH 6,9 e bicarbonato de 2.3, iniciado rapidamente expansão venosa seguida por bomba de insulina na dose de 1UI/kg/hora e instituída antibioticoterapia com Claritromicina e Ceftriaxone. Após estabilização do quadro, foi submetida a drenagem do abscesso perianal em centro cirúrgico. Foi necessário permanência em UTI pediátrica por 5 dias, seguido de 10 dias em enfermaria, onde paciente finalizou tratamento com antibiótico e foi acompanhada pela endocrinologista até ajuste de suas medicações alcançando estabilidade glicêmica.
Discussão:
O relato de caso em questão aborda a infecção perianal e a interrupção da administração de insulina como as causas da CAD em paciente pediátrico. O estudo objetiva alertar profissionais na prática médica de emergências pediátricas sobre sinais, sintomas e conduta em pacientes com complicações da DM1.
Conclusão:
É possível concluir que a CAD é uma complicação grave da DM1 e, portanto, é uma condição de emergência médica necessitando de assistência imediata.