COBERTURA VACINAL DA TRÍPLICE VIRAL ENTRE 2012 E 2022 NO BRASIL E NO NORDESTE

INTRODUÇÃO: O sarampo é uma doença de alta transmissibilidade, sem tratamento curativo e com letalidade de 5-10% em países subdesenvolvidos e 0,5% no Brasil devido à vacinação. A rubéola, em sua forma congênita, pode causar sequelas no neonato ou aborto. Portanto, a prevenção com a tríplice viral (SCR) é estratégia necessária para conter essas doenças. Em 2016, o país recebeu o certificado de eliminação do Sarampo, porém após três anos houve a reintrodução do vírus, com elevado número de casos.
OBJETIVOS: Descrever a tendência temporal da cobertura vacinal da SCR entre os anos 2012 e 2022 no Brasil e no Nordeste.
MÉTODO: Através de um estudo descritivo ecológico retrospectivo, foram coletados dados do DATASUS sobre a cobertura da primeira (D1) e da segunda dose (D2) da SCR no Nordeste e no Brasil entre 2012 e 2022.
RESULTADOS: Entre 2012 e 2022, a média da cobertura da D1 no Brasil foi de 92,6% (74,9% – 112,8%), atingindo a meta do Programa Nacional de Imunização (de 95%) em 5 dos 10 anos (de 2012 a 2016). Já a média da D2 foi de 72,4% (53,2% – 92,9%), sem cumprir a meta em nenhum ano. Para ambas as doses, em 2014 obteve-se a maior cobertura e, em 2021, a menor. No Nordeste, a média da D1 foi de 93,2% (70,4% – 116,9%), atingindo a meta nos mesmos anos que o país, e a da D2 de 67,0% (47,1% – 95,2%), atingindo a meta em 2014 apenas. Em relação aos anos de maior e menor cobertura, a região segue as tendências nacionais.
CONCLUSÃO: Através dos resultados obtidos, observou-se uma redução vacinal pela SCR, o que explica o aumento dos casos. Assim, ressalta-se a importância do incentivo à vacinação, utilizando-se de campanhas ou políticas públicas, especialmente no Nordeste, onde a cobertura vacinal foi menor nos anos analisados.