CONSULTAS DE PRÉ-NATAL E PESO DO RECÉM-NASCIDO: UM ESTUDO DOS ATENDIMENTOS DE UMA MATERNIDADE-ESCOLA

Introdução: Vários estudos têm mostrado o efeito protetor do acompanhamento pré-natal sobre a saúde do recém-nascido (RN), contribuindo para uma menor incidência de baixo peso ao nascer. O controle pré-natal, segundo Ministério da Saúde, deve ter início precoce e um número mínimo de consultas. Objetivo: Investigar a prevalência de bebês nascidos com baixo peso (PIG) e o número de consultas maternas no período pré-natal, verificar se existe correlação entre estes parâmetros. Métodos: Estudo transversal, quantitativo, descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário aplicado a 200 mulheres que deram à luz em um hospital-escola do interior paulista, de junho a novembro/2017. O questionário continha dados pessoais e questoes sobre o pré-natal. Os dados do RN foram levantados dos prontuários e foram classificados em Pequeno, Adequado e Grande para a idade gestacional (PIG, AIG, GIG). Resultados: A média de idade das participantes foi 25,9±6,1 anos, sendo que 52,7 delas tinham cursado o ensino fundamental, 60,7 trabalhavam como empregada doméstica e 81,2 viviam em situação marital. Das participantes, 99,1 referiram ter feito em média 8,4±2,4 consultas de pré-natal, sendo que 90,2 fizeram no mínimo 6. Das entrevistadas, 90,2 iniciaram as consultas no 1º trimestre de gestação. A prevalência de RN PIG foi 12, com maior incidência no grupo que fez menos de 6 consultas (22,3), quando comparado com o que fez no mínimo 6(10,7), sem significância estatística. Conclusão: Não houve associação entre a prevalência de PIG e o número de consultas de acompanhamento pré-natal.