Introdução: Dengue é uma doença infecciosa causada pelo vírus da família flavivírus transmitida pelo mosquito A aegypti, no Brasil apresenta ciclos endêmicos e epidêmicos, ocorrendo a cada 4 a 5 anos, ocorrendo entre janeiro e junho, com picos de março a maio. Em 2019 foram internadas no estado de São Paulo 1.300 crianças de 0 a 14 anos, gerando custo para o SUS de R$ 500 mil e 13 óbitos. Objetivo: Identificar padrão espacial na distribuição de casos de dengue no estado de São Paulo entre 2016 e 2019 utilizando geoprocessamento. Método: Estudo ecológico e exploratório com dados de casos de dengue entre 2016 e 2019 na faixa etária de 0 a 14 anos, transformados em taxas por 10000 habitantes, fornecidos pelo SINAN. Foram estimados os índices de Moran (Im) que indicam presença ou não de autocorrelação espacial e foram construídos mapas temáticos, em tercis, para as taxas de dengue no período. Resultados: Foram identificados 87.264 casos na faixa etária. As taxas com os respectivos desvios padrão foram as seguintes para os anos de 2016 a 2019: (65,3 ±127,0), (4,0 ± 9,0), (10,4 ± 36,6), (212,5 ± 289,8). Índices de Moran e respectivos p-valores foram Im = 0,28 (p<0,01), Im = 0,029 (p<00,1), Im = 0,77(p<0,05), Im = 0,37 (p<0,01), para os anos de 2016 a 2019. Os mapas temáticos (não mostrados) apresentam nos anos de 2016 e 2018 aglomerados de municípios com taxas elevadas na região norte, oeste e noroeste, em 2017 os casos se concentraram na região norte, Vale do Paraíba e litoral. Em 2019 os casos se concentram nas regiões central, norte, oeste e noroeste e litoral norte. Conclusão: Foi possível identificar aglomerados espaciais das taxas de dengue indicando municípios com alta prioridade de intervenção.