Introdução:
A adolescência, fase tumultuada de mudanças, não está isenta de desafios psicológicos, muitos acabam tendo um déficit específico na capacidade de identificar emoções negativas, como medo e tristeza, podendo ser um indicador para traços psicopáticos.
Objetivo:
Este estudo tem como objetivo de comparar adolescentes com e sem traços de psicopatia quanto à sua capacidade de reconhecer expressões faciais de emoção, utilizando diferentes períodos de tempo para os estímulos.
Metodologia:
Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos científicos através da coleta de dados de agências governamentais, organizações de saúde, SciELO, PubMed, Scorpus. Foram selecionados apenas estudos científicos com alto índice de relevância, publicados nos últimos 10 anos. O enfoque específico recai sobre os traços psicopáticos encontrados no período da adolescência.
Resultados:
Diante desta revisão bibliográfica e análise de dados, foi possível avaliar os traços psicopáticos encontrados no período da adolescência. Foram incluídos 30 adolescentes do sexo masculino, cujos prontuários indicavam comportamentos antissociais graves e frequentes, e outros 30 com comportamentos antissociais menos graves. Os jovens tinham entre 13 e 19 anos. O grupo alto em traços psicopáticos foi significativamente pior do que o grupo baixo em traços psicopáticos apenas na identificação de medo em faces apresentadas por 200 ms, t (39) = -2,08, p = 0,04, d = 0,66. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nas demais condições experimentais, incluindo a identificação do medo nas faces apresentadas por 500 milissegundos e 1 segundo. No entanto, o tamanho do efeito foi moderado para faces de medo em 500 ms, t (39) = -1,51, p = 0,14, d = 0,48.
Conclusão:
Em síntese, este estudo proporcionou uma visão abrangente da conexão entre traços de psicopatia que se manifestam durante a adolescência e a capacidade de identificar expressões faciais de emoção. Sugerindo a possibilidade de que indivíduos psicopatas possam ter maior dificuldade em processar pistas emocionais mais difíceis ou mais sutis.