INTRODUÇÃO
O Diabetes mellitus gestacional (DMG) é o problema metabólico mais comum na gestação, tendo prevalência que varia entre 3% e 25%. Ocorre devidoà intolerância aos carboidratos, diagnosticada durantea gestação, podendo persistir após o parto sendo fatorde risco para morbidade materna e neonatal.
OBJETIVO
Estimar a prevalência de morbidade neonatal associada ao DMG, na maternidade de um hospital escola.
MÉTODO
Estudo transversal, cuja população alvo foramgestantes com DMG e seus filhos recém-nascidos(RN), cujos partos ocorreram no segundo semestre de 2022. Para o cálculo amostral, a prevalência estimadade DMG foi de 20%. Os dados foram extraídos dos prontuários e para a digitação e análise foramutilizados os programas Excel e Epi Info 7. Houveaprovação por Comitê de Ética em Pesquisas.
RESULTADOS
Ocorreram 629 partos, sendo 622 de nascidosvivos, com 54,4% de cesarianas. A prevalência de DMG foi de 22,2% e a ocorrência de cesárea para as pacientes DMG foi de 73,2%. Observou-se que 15,2% dos RN foram prematuros, 9,4% baixo peso aonascer, 36,2% apresentaram dificuldade respiratóriaapós o nascimento e 31,2% icterícia.
8203,A hipoglicemia neonatal ocorreu em 42,8% e,para tratá-la, as condutas foram: leite materno(10,1%), fórmula de partida (28,3%) e soro glicosadoparenteral (4,3%).
CONCLUSÃO
A elevada ocorrência de hipoglicemia reforça a importância da amamentação na primeira hora de vida.
A necessidade de utilizar fórmula de partida para tratar a hipoglicemia e prevenir suas sequelas é um recurso terapêutico necessário, mas que pode interferir no processo de aleitamento materno. Rotinas de atenção à gestante com DMG e ao seu filho são importantes para reduzir o risco de morbidade materna e neonatal.