Introdução:
Apesar de o Mycobacterium Leprae ter alto poder infectante e baixo poder patogênico, a hanseníase é um problema de saúde no Brasil. Considerada uma infecção crônica com trofismo por nervos periféricos e pele, provoca lesões com alterações de sensibilidade, além de espessamento de tronco nervoso e cutâneo.
Objetivo:
Determinar a prevalência de casos de hanseníase no estado do Pará, avaliando faixa etária, sexo, mês e ano no período de 2019 a 2023.
Método:
Utilizou-se o site do DATASUS para recuperar as informações sobre a prevalência da hanseníase em crianças e adolescentes no estado do Pará.
Resultados:
Nesse intervalo de 5 anos, foram notificados 1333 casos de hanseníase, sendo o ano com maior número, 2019, com 474 casos, no geral o mês de maior prevalência foi março, registrando 156 notificações e o mês com com menor número, dezembro, que totalizou em 86. Já o ano com menor registro de casos, foi 2023 com apenas 83 notificações no primeiro semestre, revelando uma lacuna de registros no segundo semestre deste ano. Em relação a a idade mais acometida, percebe-se a faixa etária entre 15 e 19 anos como a mais prevalente, somando 616 casos. Entretanto, a idade menos acometida foi entre 1 e 4 anos com apenas 14 casos notificados, sendo esta e entre 5 e 9 anos as únicas faixas etárias que obtiveram o sexo feminino com maior prevalência, com 09 e 94 casos respectivamente, já que em uma visão geral o sexo masculino foi o mais numeroso com 736 notificações.
Conclusão:
Portanto, apesar de o número de casos notificados de hanseníase estarem em queda, ela ainda é considerada uma infecção prevalente no estado do Pará, principalmente entre adolescentes do sexo masculino. Além disso, existe uma dificuldade de análise de dados devido a falta de registro das notificações.