Introdução: A esofagite eosinofílica (EoE) é uma patologia crônica e imunologicamente mediada, sendo caracterizada clinicamente por sintomas de disfunção esofágica e histologicamente por inflamação eosinofílica. Na infância, representa a principal causa de disfagia crônica e compartilha intrínseca correlação com fenômenos alérgicos. Objetivo: Revisar a literatura dos últimos anos acerca da EoE em pacientes pediátricos bem como descrever os conceitos atuais da doença. Método: Realizou-se uma revisão integrativa, com buscas na base de dados da Scientific Electronic Library. O levantamento bibliográfico ocorreu através dos descritores: esofagite eosinofílica, diagnóstico e pediatria. Os critérios de inclusão foram artigos completos e relevantes ao tema publicados nos últimos 10 anos, enquanto os de exclusão foram artigos que não continham como tema principal a EoE e artigos repetidos. Foram identificadas 12 publicações e selecionou-se ao final 4. Resultados: A EoE tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Conforme a doença progride, sintomas como dores abdominais, vômitos, retardo no esvaziamento gástrico, recusa alimentar e refluxo tornam-se mais comuns. O diagnóstico é feito através da combinação de manifestações clínicas, alterações na mucosa observadas durante a endoscopia e análise de biópsias. Durante a endoscopia, são realizadas biópsias que mostram um infiltrado maior ou igual a 15 eosinófilos por campo de grande aumento (8805,15 eos/CGA) no esôfago, enquanto outros segmentos do trato gastrointestinal não apresentam essas células inflamatórias. Os sintomas da EoE tendem a persistir ou recorrer até a idade adulta, com períodos de melhora e piora. As complicações descritas incluem o desenvolvimento de estenoses fibróticas, no entanto, inexistem relatos sobre o desenvolvimento de câncer ou progressão para doença mais extensa. Conclusão: EoE é uma patologia crônica que necessita de reconhecimento e intervenção apropriada. Neste sentido, os achados clínicos são essenciais para suspeitar do diagnóstico, entretanto é necessário correlacioná-los com os achados endoscópicos e histológicos para confirmação.