INTRODUÇÃO: A amamentação exclusiva está relacionada à baixa incidência de inflamação gastrointestinal e à diminuição de doenças respiratórias no período pós-natal, proporcionando benefícios significativos para a saúde, tanto do bebê quanto da mãe. Entretanto, as taxas mundiais de amamentação são inferiores às recomendações internacionais e diversos fatores encontram-se relacionados a essa problemática, incluindo configurações estruturais e fatores individuais. OBJETIVO: Avaliar as dificuldades vivenciadas pelas mães nos primeiros meses após o parto e sua associação com a interrupção precoce da amamentação, além de estabelecer as consequências dessa decisão para a saúde do recém-nascido. METODOLOGIA: Pesquisa de artigos científicos nas bases de dados pubMed e Scielo sobre os principais fatores relacionados a interrupção do aleitamento materno e as consequências para a saúde da criança. RESULTADOS: Em um dos estudos foram acompanhadas 1.437 mães e cerca de 40% delas tiveram problemas de amamentação. Os fatores mais citados foram a dificuldade do bebê realizar a pega, mamilos doloridos, machucados e rachados e a falta de apoio dos profissionais de saúde. Além disso, foi comprovado que os bebês que não tiveram o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida, apresentaram maior taxa de desenvolvimento de doenças intestinais como colite e doença de Crohn, e doenças respiratórias, como pneumonia, asma e bronquiolite. CONCLUSÃO: São graves as consequências da interrupção precoce da amamentação exclusiva para a saúde do bebê. Dessa forma, a atenção primária pós-alta é fundamental para manter as taxas de amamentação e prolongar sua duração, por meio de programas de aconselhamento sobre amamentação e apoio dos profissionais de saúde.