HEMANGIOMA CONGÊNITO: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO
Hemangiomas congênitos (HC) são tumores vasculares raros, anteriormente considerados variantes do hemangioma da infância (HI). O avanço da microscopia e da imunohistoquimica permitiu distingui-los do HI. O manejo é desafiador, pois requer o reconhecimento potencial evolutivo.

DESCRIÇÃO DO CASO
MAFF, sexo feminino, cesárea a termo, peso:3100g, nascida com pequena lesão rosada em hemiface esquerda (HE) recebeu alta com 48 horas de vida e com hipótese diagnóstica de HC. Desde o primeiro mês de vida, lesão já começou a apresentar extensão. Aos 3 meses de vida da lactente, esta começou a se estender sobre HE com aspecto purulento. Com este quadro, mãe procurou pediatra a qual receitou óleo de amêndoas. Com 1 semana de evolução, lesão apresentou piora importante. Foi levada ao pronto socorro infantil, onde foi realizada cultura de secreção e ultrassonografia (US) da lesão. Na cultura estava presente Staphylococcus aureus e o US confirmou hemangioma em HE. Criança foi tratada com Oxacilina endovenosa e Rifocina spray por 7 dias. Algumas partes da lesão evoluíram para necrose, foram avaliadas pela cirurgia pediátrica que optou por tratamento conservador.

DISCUSSÃO
Os HC são tumores vasculares raros que requerem atenção dos pediatras tanto no manejo e investigação do caso como suas complicações. Ainda não existe um protocolo padrão para indicar tratamento de hemangiomas, recomenda-se tratamento em algumas situações e o HC é uma delas. É importante salientar que quando o tratamento é indicado, ele deve ser iniciado precocemente. A literatura recomenda uso de propranolol, via oral, mas como lactente era portadora de coartação de aorta sem segmento foi optado por não iniciar durante internação.

CONCLUSÃO
Os HC são tumores vasculares raros e enquadram-se nas situações em que devem ser tratados e investigados mesmo ainda sem haver protocolo padrão para tratamento de hemangiomas. Quanto mais precoce o tratamento, melhor o resultado.