HUMANIZAR O CUIDADO ATRAVÉS DO TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DA DOR INFANTIL: SABERES DE GRADUANDOS EM MEDICINA

Introdução: Uma vez que o tratamento da dor na criança é considerado essencial, devendo ser feito de maneira adequada e holística, mas que atualmente esse cuidado ainda é negligenciado no ensino e na assistência, é importante compreender quais estratégias são conhecidas para o manejo dessa dor, especialmente as estratégias não farmacológicas. O objetivo deste trabalho é responder à pergunta: qual o entendimento dos alunos de medicina de uma universidade federal sobre tratamentos não medicamentosos da dor em crianças?
Metodologia: após aprovação do comitê de ética, foram convidados estudantes de medicina do 2o ao último ano para responderem um questionário sobre o tema. Após, realizado análise estatística com significância de 5%.
Resultados e discussão: 54 alunos participaram da pesquisa, sendo 43,1% do sexo feminino e 43,1% do masculino. 60,4% acreditam que, para comprovar a afirmação de que uma criança apresenta dor intensa, deve basear-se na observação de alterações apenas dos sinais vitais e não citaram o uso de escalas, 17,2% ainda concordam que, como o seu sistema neurológico está em desenvolvimento, as crianças com menos de 2 anos de idade apresentam diminuição da sensibilidade à dor e da memória de experiências dolorosas. 75,9% discordam que é aconselhável o uso de intervenções não farmacológicas para a dor de forma independente, em vez de simultaneamente com medicamentos para a dor, mas o restante concorda, talvez não conhecendo a escada analgésica pediátrica.
Conclusão: Existem lacunas no conhecimento dos estudantes sobre tratamentos não farmacológicos da dor em pediatria e medidas educacionais devem ser fomentadas.