Introdução: A pneumonia é caracterizada pelo acometimento do parênquima pulmonar, frequentemente causada por agentes infecciosos, como vírus, bactérias e fungos. Ela é também uma das maiores causas de morbimortalidade no mundo, necessitando de intervenção médica imediata.
Objetivo: Avaliar quantitativamente a taxa de óbitos da população infantojuvenil por pneumonia no Brasil no período de 2012 a 2021.
Método: Estudo epidemiológico transversal descritivo a partir de dados coletados a partir do Sistema de Informações e Mortalidade (SIM) do DATASUS, entre 2012 e 2021. Foram selecionadas as variáveis Faixa etária´, Cor/raça´, Regiões´, Sexo´, Local de ocorrência´ nas faixas etárias de C1 (0-1 anos), C2 (1-4 anos) e CE (5-9 anos).
Resultados: Foram registrados 17.185 óbitos na população estudada. O sexo masculino sofreu 9.110 (53%) óbitos, o feminino 8.066 (46,9%) e 9 casos ignorados (0,1%). Etnicamente, 8.146 (47,4%) eram pardos, 6.298 (36,6%) brancos, 1.178 (6,9%) indígenas, 937 (5,5%) jovens não possuíam etnia atestada, 597 (3,5%) pretos e 29 (0,2%) amarelos. O grupo C1 foi o mais afetado com 9.834 mortes (57,2%), acompanhado em sequência C2 com 5.800 (33,8%) e C3 com 1.551 (9%). Quanto à incidência regional das enfermidades abordadas, 5.582 (32,5%) casos ocorreram na Região Sudeste do Brasil, seguida das Regiões Nordeste com 5.262 (30,6%), Norte com 3.948 (23%), Centro-Oeste com 1.318 (7,7%) e Sul com 1.075 (6,3%).
Conclusão: Através dos resultados apresentados, infere-se que o número de óbitos por pneumonia aumentou com o decorrer dos anos no período entre 2012-2021. O estudo em questão, verificou maiores frequências de mortes pela patologia no grupo C1, sexo masculino, indivíduos pardos, da Região Sudeste. É fulcral, portanto, a implantação de estratégias de saúde pública que tenham o objetivo de reduzir a incidência da doença com o enfoque em medidas educativas, de conscientização sobre fatores de risco, prevenção e diagnóstico precoce, direcionada principalmente para os responsáveis.