INTRODUÇÃO: A exposição excessiva e precoce às telas pode levar a problemas de socialização, queda no rendimento escolar e distúrbios do sono e da alimentação. A administração incorreta do tempo de exposição às telas, além de promover uma alimentação inadequada, relaciona-se com o condicionamento psicossocial prejudicado, incluindo o isolamento, uma vez que as refeições são importantes ferramentas de interação social. Dessa forma, essa desregulação alimentar e social proporciona um dano significativo no desenvolvimento e crescimento das crianças. OBJETIVOS: Identificar a relação entre a alimentação e o uso de telas em pré-escolares, com ênfase na influência dos danos causados. MÉTODOS: Trata-se de revisão integrativa de literatura, proveniente de produções científicas entre janeiro de 2014 a janeiro de 2024, utilizando as bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Pubmed, cujos descritores foram: alimentação, smartfone, telefones celulares, crianças pré escolares, pré escolares e atitude frente aos computadores, foram filtrados 4 artigos para a produção dessa pesquisa. RESULTADOS: Os estudos apontam a prevalência de sobrepeso e obesidade associados ao uso excessivo de tecnologias, cujos fatores estão relacionados tanto à alimentação inadequada ( petiscos e ¨fast foods¨) quanto ao sedentarismo influenciado pelo uso das telas. Somado a isso, crianças expostas a mais de duas horas diárias de telas estão suscetíveis a modificações no desenvolvimento nutricional, devido à desregulação da percepção do centro de fome e saciedade. Além disso, destaca-se na faixa etária pré-escolar o prejuízo nos aspectos sociais e emocionais associados ao uso de telas, intensificados pela ausência da família durante as refeições e a dinâmica familiar moderna de consumo exagerado de ultraprocessados. CONCLUSÃO: Portanto, é evidente que o uso exagerado de telas pelas crianças relaciona-se com prejuízos cognitivos, sociais e nutricionais, sendo fundamentais estratégias de saúde pública para mudar essa realidade crescente no Brasil.