INTERVENÇÕES PRECOCES NO TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que impacta o desenvolvimento infantil nas áreas de interação social, comunicação e comportamento, evidenciando padrões repetitivos. Os efeitos variam, incluindo dificuldades na comunicação e interação social, comportamentos restritos e sensibilidades sensoriais. Embora a prevalência do TEA no Brasil seja estimada em 1%, aproximadamente 2 milhões de pessoas, a falta de dados precisos dificulta uma avaliação mais detalhada da epidemiologia nacional desta condição. Objetivo: Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo analisar o impacto das intervenções precoces no TEA em pacientes pediátricos. Método: Buscou-se, por meio da metodologia PRISMA, revisar artigos científicos publicados entre 2018 e 2023 disponíveis integralmente em inglês, português ou espanhol. A busca foi realizada nas plataformas do LILACS, PubMed, SciELO, Google Acadêmico e UpToDate, cuja primeira exportação garantiu 367 resultados que foram refinados na plataforma Rayyan. Ao final de duas análises totalizaram em 37 documentos analisados integralmente para contribuição. Resultados: Intervenções precoces são cruciais para o desenvolvimento de crianças com TEA, como a abordagem centrada na criança. Terapias comportamentais, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), continuam essenciais para ensinar habilidades sociais e linguagem. Estudos indicam que intervenções intensivas e precoces, com pelo menos 20 horas semanais, têm impacto positivo no desenvolvimento. A incorporação de tecnologia, como aplicativos, é uma tendência crescente. O envolvimento familiar é reconhecido, capacitando os pais. Conclusão: Portanto, as intervenções precoces no TEA oferecem benefícios significativos tanto para as crianças afetadas quanto para seus pais. A abordagem centrada na criança, terapias comportamentais e o envolvimento familiar têm demonstrado melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida. No entanto, a busca por estratégias mais eficazes demanda uma base sólida de pesquisas contínuas. Logo, investir em pesquisas e estratégias personalizadas fortalece resultados e impulsiona inovações no apoio ao TEA.