INTRODUÇÃO: As intoxicações constituem problema de saúde pública e existem diferenças nos aspectos geográficos, sociais, econômicos e culturais que geram perfis diferentes entre os países. Anualmente, são registrados, no Brasil, milhares de casos de intoxicação seja pela ingestão de alimentos contaminados, medicamentos, uso de agrotóxicos, produtos de limpeza, de uso veterinário ou por outras substâncias. Os medicamentos caracterizam se como um dos principais agentes causadores de intoxicação. OBJETIVOS: O objetivo do presente trabalho é realizar análise epidemiológica das intoxicações exógenas no Brasil, em crianças de 0 a 14 anos dentro do período compreendido entre 2017 e 2020. METODOLOGIA: Esse estudo foi elaborado por meio de levantamento de dados feito no DATASUS de casos de intoxicação exógena na faixa etária de 0 a 14 anos no Brasil durante os anos de 2017 a 2020. Dentre as causas de intoxicação exógena no país têm-se as seguintes notificações: Ignorado/Branco, medicamento, agrotóxico agrícola, agrotóxico doméstico, agrotóxico de saúde pública, raticida, produto veterinário, produto de uso domiciliar, cosmético, produto químico, metal, drogas de abuso, planta tóxica, alimento e bebida e outro. RESULTADOS: As Unidades da Federação que mais apresentaram notificação de intoxicações exógenas no país foram: São Paulo e Minas Gerais em 2017 e Paraná em 2019. A faixa etária que mais apresentou casos de intoxicação foi a de 1 a 4 anos de idade. Em relação ao sexo, o feminino é o mais acometido. Os agentes tóxicos mais comumente causadores das intoxicações foram medicamentos, produto de uso domiciliar e produto químico. CONCLUSÕES: Com os dados levantados conclui-se que as intoxicações exógenas são um problema relevante de saúde pública, principalmente na área pediátrica. A análise no período permite observar como houve aumento nas notificações e como as políticas de saúde vigentes podem ser essenciais para o decréscimo dos casos.