LITÍASE BILIAR NECESSITANDO DE COLECISTECTOMIA ELETIVA EM PACIENTE PEDIÁTRICO

Introdução: A litíase biliar no adulto é estudada com profundidade, em oposição, sabe-se pouco sobre a epidemiologia e terapêutica na infância. Apesar disso, essa patologia vem sendo identificada com frequência, seja por aumento na prevalência, secundária a situações clínicas predisponentes ou melhora dos métodos diagnósticos. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 6 anos, recebido em unidade de emergência com febre e dor em hipocôndrio direito. Em resposta ao exame físico, observou-se corado, hidratado, acianótico, anictérico, nutrido, eupneico e em sobrepeso. Procedeu-se ao exame abdominal que apresentou hérnia umbilical irredutível, ruídos hidroaéreos normais, dor à palpação abdominal em hipocôndrio direito, descompressão brusca e sinal de Murphy negativos. Já o ultrassom de abdômen total apresentou vesícula biliar sem paredes espessadas e com duas imagens hiperecogênicas, móveis, produtoras de sombra acústica posterior e diâmetro de 0,64cm, sugestivas de cálculos. Foi diagnosticado com litíase biliar aguda e tratado com medicamentos sintomáticos. A conduta adotada foi colecistectomia e herniorrafia umbilical, 7 meses após, devido a persistência da dor e episódios de vômitos pós-prandiais. O paciente evoluiu sem complicações. Discussões: A epidemia de obesidade infantil contribui para aumentar o risco de litíase biliar em crianças e adolescentes.Os fatores de risco na faixa etária pediátrica estão mudando e tendem a ser iguais aos da população adulta. Conclusão: São necessários estudos epidemiológicos para definir a prevalência de litíase biliar em crianças e adolescentes e estudos para melhor compreensão dos fatores de risco.