Introdução: Afogamento é definido como um processo de submersão ou imersão em meio líquido associado a comprometimento respiratório, independente de ser fatal. Tal condição Representando cerca de 372.000 mortes anualmente no mundo. No Brasil, o afogamento é a principal causa de morte na faixa etária de 1 a 4 anos, segunda causa entre 5 e 9 anos e a terceira entre 10 e 14 anos de idade. Objetivo: descrever a mortalidade por afogamento e submersão acidentais na infância no Estado de São Paulo entre 2016 a 2021. Método: Trata-se de um estudo transversal epidemiológico descritivo baseado em dados secundários incluídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, durante 2016 a 2021. As variáveis analisadas foram: ano do óbito, faixa etária, sexo, etnia e local de ocorrência. Resultados: Entre os anos citados, o total de óbitos infantis por afogamento e submersões acidentais no Estado de São Paulo foi de 1046. O ano com maior ocorrência foi 2016 com 20,5%, seguido de 2018 com 18,2% e 2020 com 17,5% dos casos. O sexo masculino predominou com 82,5% dos casos. A faixa etária mais acometida foi os adolescentes de 15 a 19 anos com taxa significativa de 48,2%, seguido das crianças de 1 a 4 anos com 28,7%. Com maior mortalidade, destacou-se os brancos com 52,5%, seguido por pardos com 39,9%. De acordo com o local de ocorrência, a maioria dos pacientes foram ao óbito dentro do Hospital (22,8%). Conclusão: Os resultados em relação idade, à faixa etária e sexo mais acometidos são similares com a literatura. Em relação a etnia, os números estão provavelmente associados com a taxa de exposição das crianças a ambientes aquáticos e educação. Estudos anteriores afirmam que essas associações devem ser analisadas de forma individual para cada comunidade devido à grande variação na literatura.