O EFEITO PROTETOR DO ALEITAMENTO MATERNO CONTRA INFECÇÕES POR VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO EM NEONATOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

Introdução: O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é uma causa significativa de morbidade em recém-nascidos em todo o mundo. No ano de 2023, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta epidemiológico destacando o aumento das infecções das vias aéreas aos níveis observados antes da pandemia. Esse crescimento representa um impacto direto na população infantil, que constitui o maior grupo relacionado às hospitalizações. Nesse sentido, o aleitamento materno surge como um elemento chave na proteção contra essas infecções e as internações que delas decorrem. Objetivo: Investigar a relação entre o aleitamento materno e a proteção imunológica dos lactentes contra o VSR. Métodos: Este trabalho consiste em uma revisão integrativa da literatura, de modo que foi utilizado como base de dados a plataforma PubMed, tendo como descritores em saúde: “Neonatos”, “Vírus Sincicial Respiratório ” e “Aleitamento Materno ”. Após pesquisa inicial foram encontrados 78 artigos, dos quais 37 foram incluídos, priorizando ensaios clínicos e revisões sistemáticas. Resultados: 75,8% dos estudos mostraram uma ligação significativa entre a amamentação e a redução do risco de doenças respiratórias inferiores associadas ao VSR em lactentes. 24,32% indicaram diminuição da incidência e gravidade das hospitalizações por essas condições em decorrência do aleitamento, principalmente quando exclusivo e prolongado. 8,10% dos artigos destacaram a importância de componentes imunológicos do leite materno na defesa contra o vírus, como anticorpos neutralizantes, IgA anti-VSR e lactoferrina. 10,8% reforçaram, ainda, a relevância do colostro como fator protetivo, demonstrando como a amamentação é um fator fundamental desde os primeiros dias de vida. A comparação de diferentes coortes confirmou a consistência dessas descobertas. Conclusão: Os resultados destacam o papel essencial da amamentação na prevenção de infecções respiratórias graves provocadas pelo VSR, sugerindo a necessidade de novos estudos sobre os mecanismos biomoleculares subjacentes a esse efeito protetor.