Introdução
A parada cardiorrespiratória extra-hospitalar é um problema de saúde pública. O reconhecimento e manejo são condutas que não necessariamente devem ser efetivadas por profissionais da saúde, pois uma intervenção precoce aumenta a sobrevida da vítima em 2 a 4 vezes. Contudo, devido à falta de instrução da sociedade, esse manejo raramente é realizado, sobretudo em crianças e bebês.
Objetivo
Capacitar crianças sobre o manejo da RCP pediátrica para possibilitar uma atuação eficaz em situações emergenciais e prevenir óbitos.
Metodologia
Trata-se de um estudo transversal, de intervenção, com abordagem quali-quantitativa. O projeto piloto foi realizado em uma Escola Municipal no Município de Belém do Pará através de um questionário com 10 questões objetivas acerca dos conhecimentos sobre RCP pediátrica aos alunos do Ensino Fundamental antes e após a explicação teórico-prática com bonecos simuladores. Houve a assinatura do do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) por parte dos responsáveis legais das crianças participantes do estudo.
Resultados
Participaram 10 estudantes. Dentre esses alunos, a média de idade foi de 9,6 anos. Entre as perguntas objetivas realizadas, destacam-se a que questionava o número do SAMU, na qual no formulário com conhecimento prévio apenas 10% dos alunos acertaram e, posteriormente, contabilizou-se 100% de acertos. Outra questão indagava sobre qual a sequência correta da realização da RCP, na qual nenhum dos estudantes conhecia previamente sobre o C-A-B-D, porém no formulário final foi verificado igualmente 100% de acertos.
Conclusão
O conhecimento da RCP deve ser agregado ao conhecimento escolar. Saber identificar situações de emergências pediátricas, o modo correto de agir e como realizar manobras de atendimento é possível ser ensinado em instituições de ensino. Apenas por meio da conscientização da notoriedade desse serviço e do treinamento prático será possível minimizar os óbitos pediátricos.