INTRODUÇÃO: A vacinação pediátrica apresenta um potencial significativo para reduzir o impacto da COVID-19. Apesar da importância crucial das vacinas, houve dificuldades na implementação eficiente delas por diversos fatores. OBJETIVO: Estimar o impacto da vacinação contra a COVID-19 em crianças e adolescentes. MÉTODO: Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed e Scielo, com os descritores VACCINATION AND COVID AND CHILDREN AND ADOLESCENTS, sendo encontrados 1004 artigos com textos completos. Também foram utilizados publicações da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Ministério da Saúde. Os critérios de inclusão foram: o impacto da vacinação contra a COVID-19 em crianças e adolescentes, dos quais foram incluídos 9 artigos, enquanto os critérios de exclusão foram bibliografias desatualizadas. RESULTADOS: De acordo com o Ministério da Saúde, dos 1.487.502 casos de SRAG registrados até 2021, 17,2 mil eram crianças e adolescentes. Em relação aos casos de SIM-P foram confirmados 2.094 casos e 142 óbitos. Após o desenvolvimento das vacinas e sua subsequente aprovação em crianças e adolescentes, a taxa de infecção, o número de internações, complicações e óbitos, mostraram uma notável queda. No entanto, o ritmo de administração de vacinas tem sido abaixo do esperado. No Brasil, 14% dos pais afirmam categoricamente que não vão vacinar suas crianças contra a Covid-19. Além disso, 82,5% da relutância à vacina podem ser atribuídos a visões políticas divergentes e desconfianças e equívocos. Sendo assim, considerando o ritmo atual de vacinação, o impacto dela, em crianças e adolescentes é menor do que se esperava. CONCLUSÃO: O impacto da vacinação contra COVID-19 em crianças e adolescentes pode ser significativamente maior. Conclui-se que o benefício das vacinas supera o risco de qualquer evento adverso raro.