Introdução:
Desde que foi decretada pandemia de COVID-19, acumularam-se mais de 760 milhões de casos e aproximadamente 6 milhões de mortes no mundo. Até a terceira semana de 2024, em São Paulo, tivemos 6.768.536 casos, com cerca de 10,7% do total na faixa etária pediátrica. O quadro clínico nesta idade é, normalmente, mais brando, podendo, contudo, apresentar-se mais gravemente. Considerando a escassez de estudos descrevendo as características clínico-epidemiológicas e a falta de informações sobre o impacto vacinal contra a doença na ocorrência de casos entre menores, a justificativa deste estudo é documentar estas informações durante o período da quarentena estrita, na volta às aulas, e ao longo da vacinação.
Objetivos:
Descrever as características epidemiológicas e clínicas de crianças e adolescentes com COVID-19 atendidos em município do interior paulista, durante a pandemia antes e após a vacinação local entre março de 2020 e 2022.
Metodologia:
Estudo observacional, retrospectivo, coletando dados de prontuários de pacientes de 0-18 anos com COVID-19.
Resultados:
Avaliaram-se 2.473 prontuários, sendo 1763 masculinos e 1714 femininos. Destes, 368 lactentes, 504 pré-escolares, 1080 escolares e 1513 adolescentes.
Em 2020, o número de casos variou de 3 a 109. Em 2021, maior número de casos em maio e junho, chegando respectivamente a 529 e 474, com queda posterior até 5. Em 2022 tivemos 90 casos em janeiro. A queda corresponde ao período pós vacinal de adultos e criança do município
Em 2021, houve aumento de 8 para 25 internações por COVID e, após maio de 2022 estas caíram para uma por mês. As internações por SIM-p tiveram queda brusca entre janeiro e junho, do mesmo ano, de 59 para 2.
Conclusão:
Concluímos que as crianças apresentaram quadros mais brandos e que a vacina impactou positivamente na queda de casos e na diminuição da gravidade.
