PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR NEOPLASIAS MALIGNAS DO ENCÉFALO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ESTADO DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: As neoplasias malignas do encéfalo (NME) são os tumores mais comuns na infância e se caracterizam pela multiplicação descontrolada e progressiva das células do sistema nervoso central. OBJETIVOS: Descrever o perfil das internações por NME em pacientes de 0 a 19 anos no estado de São Paulo (SP). MÉTODO: Estudo ecológico realizado com dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) alojados no DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) sobre o número de internações por NME em pacientes de 0 até 19 anos de 2012 a 2022 em SP, utilizando dados por ano, faixa etária e da mortalidade de acordo com a raça. A análise descritiva dos dados foi realizada no Microsoft Excel. RESULTADOS: No recorte temporal, foram registradas 9.791 internações por NME em pacientes de 0 a 19 anos. O ano de 2018 possui o maior número, com 1.073 casos, enquanto 2012, o menor número, sendo 725 notificações. De 2019 a 2021 observa-se uma queda nas internações, de 1.052 casos em 2019 para 938 em 2021. O pico de internações ocorreu entre crianças de 1 a 4 anos, totalizando 2.949 casos (30,11%). A faixa etária menos notificada é de menores de 1 ano, com 337 (3,44%) notificações. Ao examinar a mortalidade, os pacientes pretos correspondem a 244 (2,49%) casos, mas possuem a maior taxa de mortalidade, cerca de 7,38 óbitos por mil habitantes. Os pacientes brancos representam 6.379 (65,15%) casos e possuem uma taxa de 4,41 óbitos por mil habitantes. CONCLUSÃO: Dado o exposto, fica evidente que as NME representam uma importante causa de mortalidade infantil no país, sendo necessárias medidas que auxiliem no diagnóstico precoce. Ademais, políticas de acesso à saúde devem ser realizadas para diminuição da mortalidade em diferentes grupos sociais e econômicos.