Introdução: A desnutrição infantil é grave condição resultante da inadequada ingestão de nutrientes essenciais, comprometendo o crescimento físico e o desenvolvimento cognitivo das crianças. Identificar a população mais afetada por esse problema é essencial para a tomada de decisões na promoção em saúde. Objetivo: Conhecer o perfil socioepidemiológico mais afetado por este agravo. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo realizado através da coleta de dados sobre os internamentos por Desnutrição (CID10 – E43) do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), utilizando das métricas de internamentos, faixa etária, região, etnia, sexo e caráter do atendimento, no período entre janeiro de 2012 a dezembro de 2022 no Brasil. Depois de coletados, os dados foram cruzados com os dados do Censo 2022 para avaliação de prevalência. Resultados: Após o levantamento dos dados, foram descritos 49.489 internamentos dos quais 17.928 (36,23%), 12.789 (25,84%) e 7.027 (14,20%) representavam as regiões Nordeste, Sudeste e Norte respectivamente. Quanto às faixas etárias abordadas, 43.474 (87,85%) e 6.015 (12,15%) elencaram respectivamente as faixas de 0 a 5 anos incompletos e de 5 a 10 anos incompletos. As etnias parda, branca e indígena representaram 18.492 (55,67%), 10.838 (32,63%) e 2.488 (7,49%) internamentos na ordem citada. Quanto ao sexo, homens apresentaram sobrepujamento de 1.013 (1,02%) quando comparado às mulheres. Do total, 46.252 (93,46%) foram internações em caráter de urgência. Conclusão: Os resultados indicaram maior prevalência na região Norte, em crianças de 0 a 4 anos, do sexo masculino, de etnia indígena e em atendimentos de urgência quando pautados na proporcionalidade com os respectivos universos demográficos.