POLUENTES ATMOSFÉRICOS E BAIXO PESO AO NASCER

Introdução: Crianças com baixo peso ao nascer (BPN) apresentam risco de mortalidade significativamente superior àquelas que nascem com peso maior ou igual a 2.500g. Dentre os fatores associados ao BPN está a exposição materna à poluição do ar.
Objetivo: estimar associação entre poluentes atmosféricos e baixo peso ao nascer (BPN) em Cuiabá – MT. Métodos: Estudo dos nascidos vivos (NV) de mães residentes em Cuiabá-MT, anos 2012-2013. Os dados dos NV foram do Sistema de Informação sobre os Nascidos Vivos. O peso ao nascer foi dicotomizado em BPN (sim ou não). A média diária da concentração do PM2,5 e do CO foi estimada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Baseou-se na data de nascimento para se obter a média da concentração no terceiro trimestre (30, 60 e 90 dias) de gestação. Análises Descritiva e, Logísticas Univariada e Múltipla para estimar o papel dos poluentes sobre BPN (945,=5) (Stata v10). Resultados: Do total de 16.956 NV,3,0 apresentaram BPN. Verificou-se para 4oquartil do PM2,5, respectivamente, nos 30 dias OR=0,88 IC95 (0,69-1,12) e nos 60 e 90 dias o mesmo valor OR=0,85 para BPN. Para CO observou-se para 30 dias OR=1,09 IC95 (0,84-1,41) e nos 60 e 90 dias o mesmo valor OR=1,07, respectivamente IC95 (0,82-1,38) e IC95 (0,83-1,39).Conclusões: Exposição materna no último trimestre gestacional ao CO sugere maior chance de BPN em todos os quartis, porém sem significância estatística. Para PM2,5 não foi possível identificar associação com BPN.