INTRODUÇÃO
A coqueluche é uma doença bacteriana que afeta indivíduos de todas as idades com transmissão direta através de gotículas ejetadas durante fala, espirro ou tosse. Em crianças menores de 1 ano, um dos principais fatores preventivos contra a coqueluche é a vacinação materna durante a gestação. Devido a pandemia de COVID-19, adotou-se mundialmente medidas protetivas que impactaram na epidemiologia das doenças de transmissão direta.
OBJETIVO
Avaliar a propagação de coqueluche em crianças menores de 1 ano, durante a pandemia COVID-19 no Brasil.
METODOLOGIA
Estudo epidemiológico, descritivo, quantitativo e comparativo. A obtenção de dados se deu através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), em Doenças e Agravos de Notificação. Restringiu-se a amostra para crianças menores de 1 ano de idade, no período de 2017 a 2022. O intervalo temporal foi dividido em pré-pandêmicos os anos de 2017 e 2018, intervalo pandêmico de 2019 a 2021 e o ano de 2022, cenário pós-pandêmico.
RESULTADOS
Durante os anos de 2017 e 2018, foram diagnosticados 1042 e 1135 casos respectivamente. Durante a pandemia, foram diagnosticados 1045 casos, sendo 821 casos em 2019, 132 casos em 2020 e 92 casos em 2021, uma redução de mais de 90% se comparados 2018 e 2021. O número de casos, que apresentou queda durante a pandemia, voltou a aumentar em 2022, com um acréscimo de 38% no número de diagnósticos de coqueluche em menores de 1 ano, atingindo 136 casos.
CONCLUSÃO
Diante dos dados coletados, pode-se inferir que as medidas protetivas adotadas durante a pandemia mundial de COVID-19, como o uso de máscaras, lavagem e sanitização regular das mãos e distanciamento social, não apenas contribuíram para reduzir a propagação do coronavírus, mas também de outras doenças cuja transmissão é por aerossóis ou gotículas, como a coqueluche a exemplificar esta última forma de contágio.
