INTRODUÇÃO: O pseudo-hermafroditismo feminino é caracterizado por sinais de virilização a nível dos órgãos genitais externos. A ambiguidade genital é visualizada desde o nascimento por uma gama de variações como clitoris aumentado e peniforme, lábios maiores do pudendo quase fundidos, uretra hipospádica. As estruturas reprodutoras são do eixo feminino. Nas causas mais frequentes encontra-se hiperplasia congênita virilizante da supra-renal, neoplasia masculinizante materna nos ovários durante a gestação e ingestão durante a gestação de hormônios virirlizantes na 12 a 16 semana. O tratamento preconizado é a correção cirúrgica ate os 3 anos de vida.
RELATO DE CASO: RGS, 9 anos, a termo, nascida por parto via vaginal. Apresentava ao nascimento anus imperfurado, displasia do quadril e agenesia vaginal. Ao nascer foi internada no Hospital Santa Casa do Estado do Pará e foi submetida a colostomia. Aos 3 anos foi realizado rebaixamento abomino-perineal do cólon, com 15 dias após proctoplastia perineal. Aos 8 anos foi iniciada a cirurgia de correção da genitália, a vaginoplastia. A qual foi realizada sem intercorrências. A mesma apresentava antecedentes maternos de internações recorrentes e uso de medicação durante a gestação, a qual a mãe não soube referir período de uso. Quanto ao exame físico a menor apresentava Phillips de 1,5 cm com meato uretral em sua extremidade. Quanto a exames implementares apresentava cariótipo 46 XX, aldosterona sérica e dosagem de prolactina elevadas, USG de abdômen inferior ausência de órgãos reprodutores . Demais exames sem alteração.
DISCUSSÃO: O quadro em questão demonstra o atraso de conduta na paciente, e a importância do diagnostico e intervenção precoce. Alem dos benefícios físicos, o tratamento precoce auxilia na parte psicossocial e reconhecimento sexual da paciente.