INTRODUÇÃO: Crianças, particularmente aquelas abaixo de seis anos, encontram-se no epicentro de uma dinâmica intrincada, onde os fatores ambientais se entrelaçam a sua vulnerabilidade fisiológica. A prevalência aumentada de asma em áreas metropolitanas, destaca a interseção entre fatores ambientais e a saúde respiratória infantil.
OBJETIVOS: Explorar as disparidades socioeconômicas na exposição à poluição a relação com a asma pediátrica e futuras estratégias de saúde pública e iniciativas preventivas.
MÉTODOS: Foi realizada revisão sistemática da literatura nas plataformas PubMed e Lilacs, utilizando as palavras chaves: asma, poluição do ar, crianças e saúde pulmonar, com restrição de data de 2019 a 2023. Foram incluídos 20 estudos epidemiológicos e artigos de revisão sistemática internacionais que versam sobre os efeitos da poluição do ar na saúde pulmonar de crianças asmáticas.
RESULTADOS: Os estudos revelam que a vulnerabilidade à asma em crianças relacionada com a exposição precoce à poluição do ar, com maior impacto a de longo prazo em fetos expostos na vida intrauterina do que a exposição durante os primeiros dois anos de vida. Existe maior prevalência de asma em áreas urbanas densamente poluídas e economicamente desfavorecidas, com exposição duas vezes maior às partículas PM2.5 em comparação com seus pares que residem em áreas mais privilegiadas economicamente. O ozônio possui papel agravante em concentrações superiores a 100 ug/m3 de ar. São indicadas como soluções palpáveis, o plantio de árvores e a implementação de sensores de qualidade do ar.
CONCLUSÃO: Concluímos que a exposição precoce a poluição e altos níveis de ozônio pode estar associada à alterações respiratórias graves e permanentes. Esse risco é aumentado nas áreas urbanas economicamente desfavorecidas, que necessitam com urgência de intervenções para monitorização e melhora da qualidade do ar.