REPERCUSSÕES DA PRÉ-ECLÂMPSIA NO FLUXO INTESTINAL DE PREMATUROS

Introdução: A pré-eclâmpsia está associada com importantes alterações vasculares maternas e as repercussões no recém-nascido são pouco conhecidas. Objetivo: Investigar se a pré-eclampsia precoce altera o fluxo sanguíneo da artéria mesentérica superior (AMS), em prematuros 34 semanas de gestação. Método: Estudo prospectivo com 60 prematuros de mães com pré-eclâmpsia pareados pela idade gestacional com 60 prematuros de mães normotensas, no período de 2013 a 2106. Incluídos: nascidos no serviço com idade gestacional 34 semanas e sem anomalias/infecções congênitas. Excluídos os óbitos 24 horas de vida. Foram avaliados dados clínicos maternos, gestacionais e neonatais. O desfecho de interesse foi o fluxo da AMS, avaliado pelo pico de velocidade sistólica (PS) e vale diastólico (ED) e pelos índices de resistência (IR) e de pulsatilidade (IP) por meio de ultrassom Doppler nas primeiras 72 horas de vida. Analise de covariância foi usada para determinar o efeito da PE no fluxo da AMS, controlando possíveis variáveis de confusão. Resultados: A idade gestacional média foi de 30 semanas. Prematuros de mães com PE tiveram valores significativamente menores de pico sistólico e diastólico (57,75 ± 17,49 e 12,29 ± 5,74) comparados ao grupo controle (67,17 ± 29,57 e 15,03 ± 7,52), mesmo após controle das covariáveis. Conclusão: A pré-eclâmpsia precoce associa-se com diminuição do fluxo da AMS nos primeiros dias de vida, em prematuros 34 semanas.